Lyxor MSCI India UCITS ETF Acc (EUR) – INR

DESCRIÇÃO

A Índia é atualmente o 2º país mais populoso do Mundo é a 6ª maior economia mundial, com previsões de chegar ao 5º lugar, ultrapassando o Reino Unido em 2024. Com base no potencial neste mercado, a Lyxor lançou em outubro de 2006 o INR, um ETF que segue o MSCI Emerging Markets India Net TR (USD), um índice que representa cerca de 85% do mercado bolsista na Índia. Uma das grandes caraterísticas do INR é usar o método de replicação sintética, sendo este o primeiro ETF analisado a usar esta estratégia de replicação. Basicamente este ETF não integra os ativos descritos neste índice, mas sim detém um contrato com outra entidade financeira, neste caso a Société Générale Group, que irá para pagar os retornos obtidos do MSCI Emerging Markets India Net TR. Em troca irá receber os retornos de outro conjunto de ativos designado “susbtitute basket”, este sim, pertencente ao ETF. Poderá ler mais sobre este tipo de replicação aqui.

O INR tem como principal rival o ETF da iShares QDV5, ambos têm um valor de AUM similar, com uma ligeira vantagem para o INR. Contudo, o SDV5 usa o método de replicação mais tradicional, ou seja a replicação física. Analisando ainda a evolução AUM do INR, é possível observar uma grande queda de capital nos últimos 5 anos. Em 2015 o AUM do INR rondava os 1,8 mil milhões de euros, neste momento o seu valor situa-se nos 818 milhões de euros.

O INR está ainda disponível numa das corretoras online mais usadas na Europa com comissões grátis, isto se os investidores cumprirem um conjunto de regras já exemplificadas aqui.   
Um desses requisitos é transacionar na Bolsa Euronext Paris, daí optarmos por este ticker. Contudo, a Bolsa de Milão (ticker:INDI) também regista um volume de transações considerável e negociação em euros. Assim, estas duas bolsas evidenciam ser as mais vantajosas para os investidores residentes em Portugal.

DIVERSIFICAÇÃO

Analisando a diversificação do índice, observa-se uma maior exposição no setor Financeiro mas existe diversidade de setores, com as áreas de tecnologias de informação e energia no Top 3. Avaliando o quadro de empresas é demonstrado que perto de 49% deste ETF é representado pelas suas 10 maiores companhias, o que representa uma elevada percentagem, dado que é constituído por 96 empresas. Com exceção da Infosys e talvez da Tata, a maioria das empresas do seu Top 10 não é muito conhecido nem evidenciam forte presença no mercado europeu. No desempenho geral do Top 10, é evidenciado um crescimento em bolsa no último ano, mas também é visível uma elevada volatilidade dado à natureza de um mercado emergente.

Visto que o INR tem replicação sintética, não possui os títulos acima descritos, mas detém um “substitute basket” que incorpora um conjunto de ativos que irá ser cedido em contraparte, neste caso à Sóciété Générale, que irá entregar em troca os retornos gerados no MSCI Emerging Markets India Net TR. Os ativos detidos pelo INR são constituídos por ações de 140 empresas europeias e norte-americanas, mas com relevância entre companhias francesas e dos EUA. O seu Top 10 representa mais de 55% deste portfolio e integra principalmente empresas de França com a Schneider, Sanofi e Danone nos 3 lugares cimeiros.

SETORPESO
Financeiras26.41%
Tecnologias de Informação17.53%
Energia12.14%
Ind. de Materiais e Transformação10.18%
Bens de Consumo essenciais9.72%
Bens de Consumo não essenciais7.43%
Saúde e Farmacêuticas5.65%
Industriais e serviços diversos4.19%
Outros3.4%
Serviços de Comunicação3.36%
EMPRESAPESO
RELIANCE INDUSTRIES LTD10.02%
INFOSYS LTD8.2%
HOUSING DEVELOPMENT FINANCE7.51%
ICICI BANK LTD5.27%
TATA CONSULTANCY SVCS LTD5.16%
HINDUSTAN UNILEVER LTD3.43%
AXIS BANK LTD2.8%
BAJAJ FINANCE LTD2.48%
BHARTI AIRTEL LTD2.22%
HCL TECHNOLOGIES LTD1.89%
PESO EMPRESAS TOP 10 48.98%

PERFORMANCE

Analisando o gráfico abaixo, é possível verificar uma tendência positiva recente deste ETF, mas também evidencia uma grande volatilidade. As quedas em 2008, 2015 e 2020 são acentuadas contudo, desde março do ano passado depois da crise pandémica, a recuperação foi rápida e já superou o NAV pré-pandemia. 
O INR bateu o seu máximo histórico em março de 2021, ao atingir os 20,10€ e estabilizou em redor dos 19€ até ao momento.

Quanto à performance acumulada são apurados resultados positivos, à exceção dos resultados no último mês que decresceu cerca de 2%. O melhor resultado é verificado no longo prazo, ultrapassando os 60% em 5 anos. Também comparativamente ao ano passado verifica-se um crescimento acima dos 50%.
Um aspeto importante e menos positivo é a comparação da performance entre o INR e o seu benchmark index, no caso o MSCI Emerging Markets India Net TR. A prestação do INR fica sempre abaixo do seu índice, por vezes com uma diferença superior a 10%.  

PERFORMANCE (até 07/04/2021)INRMSCI INDIA (USD)
1 MÊS-2.17%-2.01%
3 MESES5.8%6.25%
YTD7.23%7.72%
1 ANO54.03%56.52%
3 ANOS23.96%30.26%
5 ANOS53.48%66.53%

OUTROS DADOS

O INR possui um TER de 0,85% o que é considerado elevado, principalmente comparado com outras alternativas. O ETF da iShares QDV5 já abordado em cima, segue o mesmo índice, tem replicação fisíca e regista um TER de 0,65%. Ambos são ETFs sem distribuição de dividendos. 
Nos EUA o ETF mais similar é o INDA, que segue o mesmo índice e pertence à emissora iShares.
 

Código ISIN FR0010361683
TickerINR (Euronext Paris)
Sociedade gestoraLyxor
Data de lançamento2006-10-25
MoedaEUR
CategoriaAções
NAV€19.23
AUM€818M
Distribuição de DividendosNão - Acumulativo
Total Expense Ratio (TER) 0.85%
Beta (5 anos)1.00
Réplica ETF USAINDA

Apreciação

✅ Potencial geográfico – Índia

– A Índia é um países mais populosos do Mundo, sendo atualmente a 6ª maior economia global. Perspetiva-se um grande crescimento económico em 2021 pelo FMI, com outras previsões a indicar o alcance do Reino Unido, no 5º lugar como economia mundial, já em 2024. Contudo existem riscos mais elevados num investimento em mercados emergentes, o INR apenas abrange o mercado indiano, logo é recomendável a diversificação geográfica noutros ativos;

✅ Performance

– O desempenho do INR é positivo e regista bons resultados principalmente nos períodos de 1 e 5 anos, alcançando performances acima dos 50%. Contudo, evidenciou uma ligeira queda no último mês e é observado que a performance deste ETF, fica abaixo do seu benchmark index – MSCI Emerging Markets India Net – nos vários períodos temporais;

🟥 Custos

– O INR é um ETF que utiliza o método de replicação sintética. Uma das vantagens deste método é a redução de custos, contudo não é o que se verifica com um TER de 0,85%. Existem outras alternativas no mercado, com menores custos e que usam o método de replicação física, neste caso o QDV5 da iShares, pode ser uma alternativa;

🟥 Liquidez em queda

– Este ETF tem vindo a decrescer em valor AUM nos últimos anos. Em 2015 registava um valor de 1,8 mil milhões de euros, mas o valor baixou atualmente para os 800 milhões. A existência de liquidez é fundamental para a total correspondência das transações entre os investidores. Uma redução tão significativa de AUM indica que os investidores sentem uma menor atratividade neste investimento;
 

FR0010361683 INDI LYXINR