Os resultados da pesquisa indicam que o investimento sustentável, que geralmente é associado como um meio importante para uma mudança positiva, pode desempenhar um papel fundamental. Quase três quartos das mulheres inquiridas (72%) dizem que o investimento sustentável é muito importante. Para 20%, é mesmo de importância “extremamente alta”. Entre as mulheres com conhecimento prévio de investimentos sustentáveis, 77% são da opinião de que os seus investimentos são positivos para a sociedade.
Com as mudanças climáticas a ser a prioridade para 65% das mulheres inquiridas, a sustentabilidade é o foco principal. Aqui se destaca a preocupação das mulheres ibéricas, com 85% das investidoras a afirmarem de extrema importância o investimento em ativos sustentáveis e 73% das mesmas a tentarem investir apenas em investimentos sustentáveis. Das mulheres ibéricas que têm conhecimento neste tipo de ativos, 58% planeiam apenas investir em empresas sustentáveis no futuro.
Contudo, apesar do alto nível de interesse por investimentos sustentáveis, apenas um quarto das investidoras que participaram neste estudo, sentem-se bem informadas sobre este assunto.
No geral, o estudo mostra também que a pandemia aumentou a consciência das mulheres na necessidade de planear para enfrentar as incertezas futuras. O “planeamento de emergência” é citado com mais frequência como o principal motivo para economizar, seguido por “poupança para a reforma”. As principais razões para não investir são a complexidade percebida (65%) e as flutuações do mercado de capitais (35%).
Neste ponto também as mulheres da Península Ibérica concordam, 65% afirmam que investir é complicado, sendo o grupo de mulheres que revelam mais dificuldade.
Com base nesse aspeto, é reforçado a importância de melhorar comunicação dos produtos financeiros, 49% das mulheres portuguesas e espanholas acreditam que um melhoramento neste ponto, poderia aumentar o seu interesse no acesso aos mercados.
Outro elemento importante, de acordo com 50% das inquiridas, para aumentar o nível de participação nos investimentos é a diminuição de taxas e comissões cobradas ou o aumento de incentivos para 44% das mulheres nesta região.