A importância de haver ETFs mais defensivos no seu portfólio
Faz todo sentido os investidores sentirem preocupação numa futura correção de mercado. Observando o índice S&P500, cresceu mais de 70% desde o preço mínimo de 2020, mas vai revelando alguns sinais de estagnação ao longo deste ano.
Com alguns investidores a lamentarem-se dos preços das ações estarem sobrevalorizados, vão nascendo alguns sinais e rumores que o mercado poderá corrigir em breve. Aqui entra a importância de ter na sua carteira alguns ativos que tendem a contrariar o mercado, ou mesmo selecionar aqueles que reagem menos negativamente a possíveis quedas. Existem um conjunto de ETFs no mercado, que têm como principal característica a sua baixa volatilidade, dois deles já aqui analisados, o SPLV e a USMV.
Estes ETFs, dada à qualidade da sua diversificação, tendem a sofrer quedas mais ligeiras comparativamente à generalidade do mercado que seguem, geralmente o S&P500. A sua estratégia passa por selecionar o seu portfólio de forma estratégica, por exemplo evitar englobar demasiadas ações de empresas tecnológicas, que são mais voláteis, e adquirir mais ativos no setor da Saúde e Farmacêuticas, que tendem a ter um desempenho mais estável, independentemente do estado anímico do mercado. Porém existem algumas exceções, a USMV por exemplo detém cerca de 24% do seu portfólio em empresas tecnológicas, estando a Microsoft no top de empresas em carteira com 1,65%. Contudo a Microsoft é considerada a empresa menos volátil das tecnológicas e a restante diversidade da USMV noutros setores, não comprometem a baixa volatilidade e beta deste ETF.
A próxima queda
De acordo com a CFRA, empresa de pesquisa especializada em mercados financeiros, “Não é questão “se cair”, mas a questão de “quando vai cair”, respondendo à questão sobre uma eventual queda do mercado. Alguns indicadores indicam uma futura correção, como por exemplo, a subida avultada do S&P500, que cresceu mais que o dobro do PIB dos EUA, normalmente esse valor ficou a rondar, em média, os 60% nos últimos 60 anos.
De referir também que as algumas ações estão 20% acima do seu preço antes da queda devido à crise pandémica.
Segundo os analistas da CFRA, “as quedas no mercado bolsista são rápidas e acentuadas, o que pode originar uma reação exagerada e pessimista por parte dos investidores. A melhor posição será não deixar as suas emoções a venderem os seus ativos, mas ao invés focarem-se em manter a sua tolerância ao risco.”
Segundo os analistas da CFRA, “as quedas no mercado bolsista são rápidas e acentuadas, o que pode originar uma reação exagerada e pessimista por parte dos investidores. A melhor posição será não deixar as suas emoções a venderem os seus ativos, mas ao invés focarem-se em manter a sua tolerância ao risco.”
Os ETFs com baixa volatilidade providenciam menos exposição às quedas, o que para muitos investidores é mais importante que o potencial de subida, pois tal como Warren Buffet já disse “A 1ª regra é não perder dinheiro. A 2ª regra é nunca esquecer a 1ª regra”.
Os ETFs com baixa volatilidade são úteis em situações de queda?
As opiniões podem divergir, mas segundo a CFRA estes ETFs cumprem os seus objetivos. O S&P 500 Low Volatility Index, gerou menos volatilidade comparado ao S&P500 nos últimos 3, 5 e 10 anos respetivamente. Contudo em contrapartida os retornos são menores também.
No quadro abaixo é possível verificar o conjunto dos 10 maiores ETFs na categoria de baixa volatilidade. No período da crise pandémica em 2020, apenas metade destes ETFs caíram menos que o S&P500 (30,6%). O resultado ainda assim, poderia ser melhor? Claramente que sim. Mas convém não esquecer que este tipo de ETFs tem no seu portfólio menos exposição ao setor das tecnológicas, que se comprovou ser o setor mais “seguro” durante a pandemia.
| ETF - NOME | TICKER | AUM ($ MM) | Vr.Preço 1 Ano (%) | Vr. Queda Pandemia COVID-19 (%) | TER |
|---|---|---|---|---|---|
| iShares MSCI USA Min Vol Factor | USMV | $29.2 | -0.9% | -31.3% | 0.15% |
| JPMorgan Ultra-Short Income | JPST | $16.1 | 0.5% | -3.0% | 0.18% |
| iShares MSCI EAFE Min Vol Factor | EFAV | $9.9 | 1.1% | -24.2% | 0.20% |
| Invesco S&P 500 Low Volatility | SPLV | $7.9 | -7.9% | -34.8% | 0.25% |
| iShares MSCI Global Min Vol Factor | ACWV | $5.6 | -0.4% | -26.8% | 0.20% |
| iShares MSCI Emerging Markets Min Vol Factor | EEMV | $4.3 | 16.7% | -21.9% | 0.25% |
| Janus Henderson Short Duration Income | VNLA | $3.1 | 0.7% | -3.1% | 0.26% |
| Invesco S&P 500 High Dividend Low Volatility | SPHD | $2.7 | -3.7% | -39.1% | 0.30% |
| Invesco S&P MidCap Low Volatility | XMLV | $1.7 | -6.1% | -39.1% | 0.25% |
| Invesco S&P SmallCap Low Volatility | XSLV | $1.5 | -9.0% | -43.8% | 0.25% |
| S&P 500 | - - - | - - - | 21.7% | -30.6% | - - - |
Fonte: IBD, ETF Database, S&P Global Market Intelligence